Você já ouviu falar sobre alternativas naturais para o controle biológico de pragas? Essas formas alternativas para conter a proliferação de insetos, fungos e outros organismos nocivos são extremamente benéficas quando comparados ao uso de pesticidas.
Para trazer essa discussão à tona, nós preparamos esse post super especial para você descobrir formas de combater pragas sem agredir a sua saúde e a do meio ambiente.
Continue no texto para descobrir o que é o controle biológico, porque devemos evitar os pesticidas, 4 alternativas naturais para lidar com organismos indesejados e um case de sucesso desse método.
O que é controle biológico de pragas
As alternativas naturais para substituir os pesticidas, se baseiam no controle biológico de pragas. Essa técnica visa combater organismos indesejados que se instalam em ambientes rurais ou urbanos, e podem transmitir doenças, devorar plantações, dentre outros prejuízos.
Para que o controle biológico de pragas dê certo é preciso um estudo fino a respeito das relações ecológicas que esses seres vivos estabelecem.
A premissa básica deste método é conter a proliferação de pragas utilizando seus inimigos naturais a nosso favor, ou seja, predadores, parasitas e parasitoides. Que podem ser aves, insetos, fungos, bactérias ou outros microrganismos.
Se essa técnica for bem planejada e executada por profissionais capacitados, por mais que ocorra de forma mais lenta, ela é extremamente eficiente e apresenta inúmeros benefícios.
Alguns que podemos citar são melhorar a qualidade dos produtos agrícolas, reduzir a poluição ambiental, preservar os recursos naturais, além de conter a proliferação de doenças, tudo isso utilizando um método sustentável!
E já que estamos falando sobre sustentabilidade, vamos descobrir porque os pesticidas são maléficos ao meio ambiente.
Porque devemos evitar os pesticidas
As alternativas naturais têm diversas vantagens quando comparadas com os pesticidas. Isso porque essas substâncias são tóxicas e possuem capacidade de contaminar solo e lençol freático, prejudicando a saúde humana e dos ecossistemas.
Um exemplo disso é que os agrotóxicos podem ser a causa de alergias, câncer e diversas outras doenças. Especialmente para o trabalhador rural que se expõe dia após dia a essas substâncias.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) são registradas 20 mil mortes anuais devido à contaminação por agrotóxicos. E não podemos nos esquecer do desequilíbrio ambiental causado por esses defensivos agrícolas.
Como podemos ver, o que não falta é motivos para combater o uso dessas substâncias. Mas, mesmo diante com todas essas contraindicações o Brasil ainda utiliza mais de 1 bilhão de litros de agrotóxicos por ano.
Diante disso, precisamos fomentar o uso de alternativas naturais para conter os organismos indesejados. Vamos agora conhecer alguns exemplos!
4 alternativas naturais para o controle biológico de pragas
O Brasil é um país de clima tropical o que favorece e muito a proliferação de pragas. Para contê-las de forma sustentável e que não agrida a saúde humana e ambiental existem algumas opções.
Vamos lá!
1. Joaninhas
Há quem considere que as joaninhas sejam sinais de boa sorte. Para quem sobrevive do cultivo de plantas, o inseto pode ser um importante aliado por se alimentar de pulgões!
Os pulgões são considerados como pragas porque podem secar galhos e causar a morte das plantas em pouco tempo. Algo que tem potencial para atrapalhar o cultivo, o que faz das joaninhas um bom recurso para evitar o problema.
É importante saber, porém, que o uso das joaninhas como substitutas dos pesticidas só funciona bem em ambientes fechados, como estufas. Isso porque, do contrário, podem voar para longe.
2. Ácaros predadores
Se tudo o que você sabe sobre os ácaros é que alguns causam alergia em seres humanos, vai gostar de saber que algumas espécies deste inseto podem ser motivo de pesadelo para agricultores e que outras podem ser consideradas “ácaros do bem”.
Há anos, estudos científicos e pesquisas são realizados para avaliar o potencial dos ácaros predadores no controle biológico.
Isso porque algumas famílias do inseto minúsculo se alimentam de outras tidas como ácaros-praga em razão do seu poder de destruição de plantações.
Os ácaros predadores conseguem proteger culturas de café, goiabeira e macieira, dentre outras. Diferente das joaninhas, eles podem ser usados em ambientes abertos porque tendem a permanecer no local onde há oferta de comida.
3. Fungos
Fungos entomopatogênicos são capazes de parasitar insetos, deixando-os incapacitados ou causando sua morte. Por isso, são uma alternativa natural que pode ser utilizada para substituir pesticidas.
Em geral, esses fungos atacam pulgões, moscas-brancas e moscas em geral, besouros, lagartas e ácaros. Ainda, são encontrados naturalmente em áreas de cultivo de soja, hortaliças e outros ambientes.
A atuação do fungo faz com que o corpo do inseto atacado inche, provocando lentidão nos movimentos.
Além disso, o fungo leva à redução da capacidade do hospedeiro em se alimentar, o que contribui para que as plantações cresçam saudáveis e livres da influência de infestações.
4. Galinhas
Provavelmente, você já ouviu por aí que galinhas, por comer baratas e outros insetos, além de contribuírem para deixar um local livre de ameaças como os escorpiões. Isso é verdade, mas não é tudo o que essas aves têm a oferecer!
Diferentes espécies de galinhas podem ser usadas para o controle biológico em plantações.
As galinhas d’Angola, por exemplo, comem insetos, gafanhotos e cigarrinhas-das-pastagens – essa última, considerada uma praga por atacar lavouras de milho, arroz e outros cereais.
Por sua vez, galinhas pretas, também chamadas de galinhas negras Janzé podem ser usadas para controlar insetos que prejudicam o cultivo de diversas frutas!
Casos de controle biológico de pragas
Há muitos casos interessantes de agricultura sustentável e controle biológico de pragas.
Por exemplo, a mosca-dos-chifres ocorre em todo o país e é um sério problema para pecuaristas. Uma grande preocupação a respeito desses animais é que o uso indiscriminado de pesticidas selecionou linhagens resistentes.
Diante disso, foi necessário pensar em alternativas naturais para o controle dessas pragas. Nesse caso foram utilizados besouros coprófagos, ou seja, que comem fezes.
As moscas em questão utilizam as fezes para se reproduzirem, mas os besouros ao se alimentarem destroem as massas fecais, com isso as moscas não conseguem se proliferar.
Além disso, com a destruição das fezes os besouros enriquecem o solo com matéria orgânica e melhora a qualidade das pastagens. Incrível, não é?
As alternativas naturais são um caminho sustentável para nos proteger das pragas, urbanas ou não, sem agredir ao meio ambiente.
Gostou de saber mais sobre o assunto? Se você curte este tema confira o nosso artigo sobre pegada ecológica!