A água é um recurso essencial para a sobrevivência dos seres vivos. Ela atua mantendo nosso corpo hidratado, ajuda no transporte de substâncias, funciona como solvente, regula a nossa temperatura, participa de reações químicas e muito mais.
Apesar de nosso planeta ser repleto de água, estima-se que apenas 0,77% dessa água esteja disponível para o consumo humano em lagos, rios e reservatórios subterrâneos. Vale lembrar que essa parte própria para o consumo não está distribuída igualmente por todo o território, tornando a água um bem ainda mais precioso e um possível foco de grandes conflitos.
Além da escassez em algumas partes do Planeta, a poluição também contribui para a falta de água para consumo em algumas regiões. Estima-se que 20% da população mundial não tenha acesso a água limpa, e segundo a UNICEF, cerca de 1400 crianças menores de cinco anos morrem todos os dias em decorrência da falta de água potável, saneamento básico e higiene.
Diante dessa importância, surge o Dia Mundial da Água, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), visando a ampliação da discussão sobre o tema. No dia 22 de Março de 1992 além de instituir a data, foi divulgado a Declaração Universal dos Direitos da Água, que é ordenada em 10 artigos:
- A água faz parte do patrimônio do planeta;
- A água é a seiva do nosso planeta;
- Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados;
- O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos;
- A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores;
- A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo;
- A água não deve ser desperdiçada nem poluída, nem envenenada;
- A utilização da água implica respeito à lei;
- A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social;
- O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
Assim, a água de qualidade e o saneamento básico passaram a ser um direito garantido por lei. O uso racional e sua preservação são fundamentais para garantir qualidade de vida para a nossa geração e também para as gerações futuras.