Pode ser que você já tenha ouvido falar sobre esse tema. Os créditos de carbono são assunto em escolas, sobretudo desde o Protocolo de Kyoto e, também, pauta conhecida de muitos defensores do meio ambiente. Mas, se você ainda não sabe do que se trata ou acredita que precisa entender melhor, chegou ao post certo!
Ao longo da leitura, além de entender o que são e como funcionam os créditos de carbono, você vai conhecer as suas vantagens ecológicas para o Planeta em geral e, também, as vantagens financeiras para as empresas envolvidas. Acompanhe!
O que são créditos de carbono e como isso funciona
Em 1999, países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) assinaram um acordo que ficou conhecido como Protocolo de Kyoto. Esse acordo, que entrou em vigor em 2004, foi criado com o objetivo de controlar ações humanas que afetassem o clima do Planeta. Para tanto, determinava que países desenvolvidos deveriam reduzir suas emissões de gases do efeito estufa (GEE) em 5,2%.
Assim, foram estabelecidas metas e limites para a emissão de GEE. De forma bem direta, é como se os países desenvolvidos e suas empresas tivessem uma “cota” máxima de emissão de poluentes permitida. E, uma vez que esses países tendem a ultrapassar essa cota, foram criados os créditos e o mercado de carbono, que permite a comercialização de uma “permissão extra” para emitir GEE.
Isso significa que outras empresas e outros países que poluem menos podem vender seus créditos de carbono (lucrar com isso) e ajudar os demais a neutralizar a sua emissão de gases do efeito estufa, equilibrando os limites estabelecidos.
Quais as vantagens (ecológicas e financeiras) dos créditos de carbono
Diante da proposta estabelecida pelo Protocolo de Kyoto e do mercado de carbono criado, surgiu um cenário que mesclou esperança e polêmica. Isso porque, com o passar dos anos, alguns especialistas indicaram que os créditos de carbono se tornaram mais uma vantagem financeira do que uma vantagem ecológica para o Planeta.
Isso porque, em suma, os países não conseguiram atingir a meta para a redução das emissões de gases do efeito estufa. Mas é importante ressaltar que essa falha não tira os méritos da ideia e de suas consequências.
O mercado de carbono traz vantagens financeiras para as empresas que conseguem se manter abaixo da cota de emissão e, então, podem comercializar seus créditos. Assim, continua funcionando como um incentivo para que mais empresas busquem reduzir suas emissões e, consequentemente, seu impacto negativo para o meio ambiente.
Mas, indo além, os créditos de carbono e o Protocolo de Kyoto serviram para firmar a pauta relacionada ao impacto das atividades humanas para o clima global. Como consequência, novas tecnologias para a redução e monitoramento de emissões foram criadas, além de instituições que cumprem esse papel, buscando transparência e novas medidas de controle.
É por esse contexto, por exemplo, que existe a expectativa de mais sucesso para o Acordo de Paris, assinado em 2015 e que também visa a redução da emissão de GEE.
O papel das empresas para além do mercado de carbono
Não é difícil compreender porque o mercado de carbono e suas vantagens financeiras são atrativos para empresas buscarem reduzir suas emissões de GEE. Assim como não é difícil entender que o sucesso de metas como as estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto ou pelo Acordo de Paris depende de muito esforço e comprometimento de todos os agentes envolvidos.
Tudo isso significa, dentre outras coisas, que é importante que as empresas enxerguem as vantagens de serem mais sustentáveis. Seja para reduzir as emissões de GEE e participar do mercado ou simplesmente para reduzir o impacto negativo de suas atividades e processos.
Somente a partir desse entendimento (que conta, também, com a participação de cada um de nós), é que conseguiremos motivação extra para apostar e participar de iniciativas que tenham por objetivo contribuir por um desenvolvimento mais sustentável. Afinal, esse é um desejo e uma necessidade crescente da sociedade global.
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