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Obsolescência programada: entenda os perigos dessa prática

Esta fala soa familiar? “Mas já estragou? Comprei outro dia!”. Em alguns casos, equipamentos estragam rápido por defeitos reais, porém, há outro motivo por trás da vida curta dos eletroeletrônicos: a obsolescência programada.

A obsolescência programada é uma prática que ajuda os fabricantes a lucrarem mais, ou seja, faz com que os consumidores precisem gastar mais. Além de pesar no bolso, o problema prejudica o planeta e todas as suas formas de vida.

Continue a leitura do post e entenda melhor essa questão!

O que é obsolescência programada

No dicionário, obsoleto quer dizer aquilo o que já não se usa; arcaico, antigo ou ainda fora de moda; ultrapassado, antiquado. No contexto dos eletroeletrônicos, portanto, o termo diz respeito àqueles que já não funcionam mais.

A obsolescência programada, também conhecida como obsolescência planejada, é uma estratégia usada pelos fabricantes para assegurar que seus produtos se estraguem logo. Em outras palavras, para que tenham um tempo de vida útil curto para induzir o consumidor a comprar um modelo novo.

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Acredita-se que essa estratégia começou a ser adotada a partir da Grande Depressão de 1929. Naquela época, com a economia ruim, muitos produtos ficavam parados no estoque e os fabricantes perceberam que a existência de bens duráveis era ruim para a economia e para a sua lucratividade.

Para ter uma ideia, basta saber que, “no início do século XX, as lâmpadas tinham uma vida útil média de 2.500 horas. Entretanto, após a Grande Depressão e a formação do cartel, o tempo de vida útil foi reduzido abruptamente para 1.000 horas”.

Os males da obsolescência programada

Por um lado, pode parecer que a obsolescência programada é importante para movimentar o mercado, manter fábricas em funcionamento e até gerar empregos. Há, porém, um lado negativo bastante significativo.

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Você não gosta de perder dinheiro, não é mesmo? Imagine se, a cada dois anos, você precisasse trocar sua smarTV de R$1.500 por uma nova simplesmente porque a “velha” estragou e o conserto não vale a pena? Quantas TVs você tem em casa e o quanto gastaria com essas trocas?

Ter de substituir um eletroeletrônico ainda novo em razão da obsolescência programada é algo que não agrada ninguém e pesa no bolso. Além disso, cada nova compra sinaliza ao mercado que os consumidores estão dispostos a ter mais produtos. Algo que, por sua vez, estimula a produção.

Eletroeletrônicos, assim como diversos outros bens e produtos, usam recursos do planeta para serem produzidos. E, como se não bastasse, a troca de equipamentos faz com que os “velhos” precisem ser descartados, gerando um alto volume de lixo.

Obsolescência programada e o descarte de materiais

Estima-se que cada brasileiro gere 7,4 kg de lixo eletrônico por ano; o que coloca o Brasil como o maior produtor de e-lixo da América Latina. Uma das formas de evitar problemas é pesquisar e optar por marcas que produzam bens mais duráveis.

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Outra medida importante é a de não deixar a frequente apresentação de novos produtos feita pela indústria gerar uma “obsolescência psicológica”. E isso significa evitar o impulso de substituir um eletrônico ainda novo por outro, apenas em razão do lançamento de um produto mais recente.

Por fim, é também necessário lembrar-se de dar a destinação certa aos eletroeletrônicos que precisarem ser descartados. Como sempre falamos aqui no blog da BH Recicla, esse tipo de material tem componentes químicos que precisam ser devidamente separados e tratados para evitar danos ao meio ambiente.

Você foi “vítima” da obsolescência programada? Lembre-se de solicitar a coleta gratuita da BH Recicla para eletrônicos!

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